Hoje (ontem, porque já passa de meia-noite: eu sempre acabo postando depois de meia-noite) saí de casa com a intenção de assistir "Meu Malvado Favorito 2". Como eu queria assistir com som original, fui ao site AdoroCinema descobrir onde está passando a versão legendada.
Abre parênteses para falar da minha profunda aversão a filmes dublados. A interpretação de um ator não é composta só de gestos e expressões faciais: o tom de voz também é super importante e, em um filme dublado não apenas se perde parte da interpretação dos atores, mas, pior ainda, cada personagem vira uma composição dos gestos e expressões faciais de um ator com a entonação de outro ator, que, ao invés de interpretar o personagem X, precisa interpretar o ator Y interpretando o personagem X.
No caso de animações, esse problema não existe, e eu até assisto versões dubladas algumas vezes, apesar de saber que vou perder algumas piadas, já que a tradução muitas vezes é péssima. E nem adianta colocar a culpa nas limitações de ter que encaixar o texto no tempo do filme. Tem tradutor que é ruim mesmo: já peguei erros de tradução grosseiros em legendas, mas pelo menos eu tinha o som original para comparar e saber qual era o texto correto. Quando o filme é em outro idioma que não o inglês ou o espanhol, não tem jeito, fico refém do tradutor, mas, tendo a opção de escutar o som original, sempre dou preferência.
Outro problema é quando o filme é uma sequência e eu já assisti o filme anterior com o som original: aí fica impossível eu me concentrar escutando aquela voz "errada" saindo da boca de um personagem conhecido. Isso se torna um problema mesmo quando a versão que eu escutei primeiro foi a versão dublada: eu desisti de assistir às temporadas mais recentes d'Os Simpsons depois que o dublador do Homer por quase vinte temporadas foi substituído.
Por último, mas de modo algum menos importante: gente, é o STEVE CARELL! Sou fã desse homem demais da conta, de jeito nenhum que eu ia perder o Gru interpretado por ele!
Fecha parênteses.
No caso de animações, esse problema não existe, e eu até assisto versões dubladas algumas vezes, apesar de saber que vou perder algumas piadas, já que a tradução muitas vezes é péssima. E nem adianta colocar a culpa nas limitações de ter que encaixar o texto no tempo do filme. Tem tradutor que é ruim mesmo: já peguei erros de tradução grosseiros em legendas, mas pelo menos eu tinha o som original para comparar e saber qual era o texto correto. Quando o filme é em outro idioma que não o inglês ou o espanhol, não tem jeito, fico refém do tradutor, mas, tendo a opção de escutar o som original, sempre dou preferência.
Outro problema é quando o filme é uma sequência e eu já assisti o filme anterior com o som original: aí fica impossível eu me concentrar escutando aquela voz "errada" saindo da boca de um personagem conhecido. Isso se torna um problema mesmo quando a versão que eu escutei primeiro foi a versão dublada: eu desisti de assistir às temporadas mais recentes d'Os Simpsons depois que o dublador do Homer por quase vinte temporadas foi substituído.
Por último, mas de modo algum menos importante: gente, é o STEVE CARELL! Sou fã desse homem demais da conta, de jeito nenhum que eu ia perder o Gru interpretado por ele!
Fecha parênteses.
Enfim, no AdoroCinema os filmes dublados estão indicados como tal, por isso, eu, boba que sou, acreditei que, se não estava indicado que era dublado, era legendado.
Acreditei e me dei mal. Nos cinemas mais próximos da minha casa só tinha versão dublada, mas em Botafogo tinha a versão legendada (ou pelo menos era o que eu pensava). Cheguei na bilheteria do Espaço Itaú de Cinema toda toda só pra descobrir que só estava passando a versão dublada. Pelo menos descobri antes de comprar o ingresso que, para a versão 3D, deve ser caro pra caramba...
E aí, como o título desse post indica, fui assistir "Minha Mãe É Uma Peça". E tenho a dizer que... detestei o filme. Pronto, falei! Todo mundo que me falou desse filme elogiou, as críticas têm sido favoráveis, o elenco é de primeira linha, todos talentosos e engraçados, mas eu só assisti até o fim pra poder reclamar sem ninguém me dizer que eu parei de assistir justamente quando ia começar a melhor parte.
Achei a D. Hermínia (a mãe do título) uma pessoa horrível, mal-educada, inconveniente e, principalmente, uma péssima mãe, do tipo que humilha os filhos em público, fala mal do pai e da madrasta e só se "comunica" com gritos e xingamentos. Ah, mas é uma comédia, alguns argumentarão. É verdade, e eu não tenho problema nenhum com personagens cômicos que, na vida real, seriam pessoas horríveis. Assisti a todos os episódios de "Seinfeld", uma série em que os quatro protagonistas são tão egoístas que no episódio final são presos após terem testemunhado um assalto e, além de não terem ajudado nem chamado a polícia, ainda terem filmado tudo enquanto riam e debochavam da vítima. Existe, no entanto, uma diferença crucial entre George Constanza empurrando crianças e derrubando velhinhas quando as velas de um bolo de aniversário infantil provocam um princípio de incêndio e a D. Hermínia gritando com a filha adolescente no supermercado, dizendo que ela esbarrou e derrubou os produtos de uma prateleira porque é gorda demais. A diferença é que ninguém espera que a gente simpatize com o George. Ele é um ser humano horrível e um idiota e o público se acaba de rir com os seus esquemas e as suas tramoias que sempre dão errado no fim. A D. Hermínia passa o filme todo ofendendo e agredindo verbalmente a família, o ex-marido e os vizinhos em flashbacks que remontam à infância dos filhos, e se espera que o público perdoe tudo porque, faltando quinze minutos para acabar o filme, ela dá uma entrevista emocionada dizendo que mãe sofre muito e tudo o que faz é por amor, e nos valorizem porque nós não estaremos aqui para sempre.
Apesar do inegável talento dos atores e de algumas piadas boas, o filme não me fez sair do cinema com a alma lavada de riso como acontece com boas comédias, mas com vontade de sair logo dali e me afastar daquela história e daquela gente e com mais vontade do que nunca de passar duas horas com Gru, Margo, Edith e Agnes.
Achei a D. Hermínia (a mãe do título) uma pessoa horrível, mal-educada, inconveniente e, principalmente, uma péssima mãe, do tipo que humilha os filhos em público, fala mal do pai e da madrasta e só se "comunica" com gritos e xingamentos. Ah, mas é uma comédia, alguns argumentarão. É verdade, e eu não tenho problema nenhum com personagens cômicos que, na vida real, seriam pessoas horríveis. Assisti a todos os episódios de "Seinfeld", uma série em que os quatro protagonistas são tão egoístas que no episódio final são presos após terem testemunhado um assalto e, além de não terem ajudado nem chamado a polícia, ainda terem filmado tudo enquanto riam e debochavam da vítima. Existe, no entanto, uma diferença crucial entre George Constanza empurrando crianças e derrubando velhinhas quando as velas de um bolo de aniversário infantil provocam um princípio de incêndio e a D. Hermínia gritando com a filha adolescente no supermercado, dizendo que ela esbarrou e derrubou os produtos de uma prateleira porque é gorda demais. A diferença é que ninguém espera que a gente simpatize com o George. Ele é um ser humano horrível e um idiota e o público se acaba de rir com os seus esquemas e as suas tramoias que sempre dão errado no fim. A D. Hermínia passa o filme todo ofendendo e agredindo verbalmente a família, o ex-marido e os vizinhos em flashbacks que remontam à infância dos filhos, e se espera que o público perdoe tudo porque, faltando quinze minutos para acabar o filme, ela dá uma entrevista emocionada dizendo que mãe sofre muito e tudo o que faz é por amor, e nos valorizem porque nós não estaremos aqui para sempre.
Apesar do inegável talento dos atores e de algumas piadas boas, o filme não me fez sair do cinema com a alma lavada de riso como acontece com boas comédias, mas com vontade de sair logo dali e me afastar daquela história e daquela gente e com mais vontade do que nunca de passar duas horas com Gru, Margo, Edith e Agnes.
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