sábado, 29 de junho de 2013

As Estrelas e as Coisas Que Escrevemos Nelas

Estou lendo atualmente "A Peculiar Tristeza Guardada num Bolo de Limão", da escritora inglesa Aimee Bender. Estou gostando bastante do livro: há algum tempo eu não lia uma história de realismo fantástico, que é um estilo que eu acho muito interessante e difícil de escrever bem. O realismo tem regras bem definidas e a fantasia cria suas próprias regras: o realismo fantástico se apóia no delicado equilíbrio entre os dois.

Uma das cenas que mais impressão me causaram é, ironicamente talvez, uma cena sem nenhum elemento fantástico na qual a mãe da protagonista e narradora conta para ela como ela e o marido (pai da menina) se conheceram. A mãe conta que foi a uma venda de garagem promovida por aquele que viria a ser seu marido e o amigo com quem ele dividia o apartamento. Ela estava procurando por um banquinho com assento forrado de veludo; os rapazes não tinham nenhum banquinho assim, mas um deles, encantado com a moça, arrumou uma lista de outras vendas de garagem acontecendo naquele dia nos arredores e se ofereceu para acompanhá-la na busca do banquinho desejado. Ao mesmo tempo, e sem que ela soubesse, ele deixou o amigo encarregado de providenciar um forro de veludo para o assento de um banquinho que eles tinham em casa. No fim do dia, não tendo encontrado um banquinho como ela queria nas casas por onde passaram, os dois retornaram à casa dele para que ela pudesse pegar o seu carro, estacionado ali perto, e ele sugeriu que eles dessem mais uma olhada, porque quem sabe alguém não teria passado por lá e feito, ao invés de uma compra, uma troca? Chegando lá, o amigo, já preparado, contou a história combinada: alguém tinha passado por lá e trocado, que feliz coincidência, um banquinho com assento forrado de veludo pela torradeira deles! A moça comprou o banquinho, feliz da vida, aceitou o convite do rapaz para sair mais tarde, eles começaram a namorar e ela só veio a saber da verdade na festa do seu casamento, quando o tal amigo contou toda a história, incluindo todos os serviços domésticos que o rapaz apaixonado tinha concordado em fazer em troca daquela ajuda para conseguir o primeiro encontro.

O que me impressionou foi o ressentimento velado que a filha percebeu na expressão da mãe quando esta contava a história, a contrariedade por ter descoberto que aquilo que ela tinha interpretado como um sinal, a ação do destino aproximando os dois, tinham sido na verdade o gesto de um rapaz que tinha ficado tão encantado com a moça linda e engraçada que ele conheceu que tinha se disposto a gastar  seu dinheiro reembolsando o amigo pelo banquinho e a se comprometer, desorganizado que era, a passar a manter a casa sempre em ordem em troca da colaboração do amigo. A única mentira, se é que se pode chamar assim, que ele tinha contado para ela, tinha sido deixá-la pensar que aquele banquinho tinha aparecido ali por acaso (ou por obra do destino) e não contar que ele o tinha comprado especialmente para ela, para que ela ficasse feliz e ele tivesse uma chance de sair com ela.

Eu fico pensando nas pessoas que, como essa moça, procuram sinais em acontecimentos corriqueiros do dia a dia. Por que eu considero essa prática uma péssima ideia? Pra começo de conversa, porque, em uma única manhã, acontecem um milhão de coisas com qualquer pessoa. Se a pessoa for procurar sinais em tudo o que acontece, metade desses sinais vai dizer pra ela fazer uma coisa e a outra metade vai dizer pra não fazer. Acordou com o barulho de uma batida bem debaixo da sua janela? Sinal de que não deve ir trabalhar de carro hoje. Reportagem sobre assalto em ônibus no jornal? Sinal de que deve ir de carro. Não acha a chave do carro? Sinal de que não deve ir de carro. Pega um casaco que não usava há um tempão e, no bolso dele, encontra o controle remoto reserva da porta da garagem que achava que tinha perdido? Sinal de que deve ir de carro. Chega na garagem e vê que o carro do vizinho está prendendo o seu? Sinal de que não deve ir de carro. E por aí vai. Como saber o que é sinal e o que não é?

Além disso, praticamente qualquer coisa pode ser interpretada da maneira que você quiser; então, como saber se aquele sinal de que você deve fazer justamente aquilo que está com vontade de fazer não é só uma coincidência na qual você está enxergando o que quer enxergar? Por outro lado, também não dá pra ver em tudo o que acontece um sinal de que você não deve fazer o que está com vontade de fazer: não é possível que você seja um ser humano tão horrível assim, que só tem vontade de fazer o que não deve!

Não estou dizendo que ninguém na história da humanidade jamais tenha recebido ou irá receber um sinal indicando o caminho a seguir. No dia em que você dobrar uma esquina e der de cara com um anjo ou com uma moita de sarça em chamas que arde mas não é consumida pelo fogo, pelo amor de Deus, acredite: você está recebendo um sinal! Seja o que for que a voz te disser pra fazer, faça! Mas, até lá, você acha realmente que Deus iria interferir no livre arbítrio do responsável pela programação da rádio pra ele tocar justamente a música que te lembra daquela pessoa só pra te dar um sinal de que você deve ligar pra ela? Ou ir contra todas as leis da física fazendo a chave do carro cair do seu bolso pra te mostrar que você deve ir pro trabalho de ônibus hoje? E eu digo "interferir no livre arbítrio" e "ir contra as leis da física" porque só dá pra contar como um sinal se essas coisas não iam acontecer e Deus (ou o universo, ou o destino, ou seja o que for em que você acredite) interferiu diretamente para fazer com que elas acontecessem. Senão é fácil: eu levanto de manhã, pego um copo de leite na geladeira, derramo em cima de cada uma das minhas blusas sociais, declaro que é um sinal de que não é para eu ir trabalhar hoje, volto pra cama e durmo até meio-dia.

Pense em como seria o mundo se Deus fosse atender a todo mundo que espera um sinal para saber se deve mudar de emprego, comprar um carro, casar, viajar pra praia, viajar pras montanhas, fazer vestibular, pintar o cabelo, terminar o namoro. Pra cada pessoa que pede um sinal, há outra que tem que parar o que está fazendo e fazer uma coisa que não pretendia só para ser o sinal solicitado. Já pensou que inferno seria ser vizinho de um mosteiro, com todos aqueles monges pedindo orientação divina todos os dias?

Eu, pessoalmente, acredito que, se você quer que Deus ilumine o seu caminho e te mostre o que Ele quer de você, o melhor jeito de conseguir isso ainda é o tradicional: peça, em oração, que Ele te ilumine e depois use a inteligência que Ele te deu pra chegar a uma conclusão, sozinho ou com a ajuda de pessoas em quem você confia. Escute a sua intuição: ela não é uma influência alienígena nem vem do espaço sideral. Muitas vezes a gente vê e escuta coisas que a nossa mente consciente não registra, mas que ficam armazenadas em algum cantinho do subconsciente e geram aquela sensação indefinível de que tem alguma coisa errada ou de que as coisas não são o que parecem ser. Acredite: o fato de que você tem inteligência e bom senso é um sinal de que Deus quer que você os use.

By Henryk Kowalewski (http://www.ccd.neostrada.pl/HTM/Merope.htm) [CC-BY-SA-2.5], via Wikimedia Commons

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Uma Noite Qualquer

Tanta coisa para escrever, livros que eu li, meus pontos do Claro Clube que foram finalmente devolvidos, a PEC 37 derrubada, os desdobramentos das manifestações populares, problemas com o Santander, diatribes mil... Mas como eu não quero escrever sobre nada agora e ao mesmo tempo tenho vontade de escrever, opto por um exercício de relaxamento mental, exercitando outras áreas do cérebro ao brincar um pouco mais com a ficção.

Comecei procurando um gerador de assunto aleatório: em português não achei nenhum (mas também não procurei muito, não, senão o relaxamento mental ia pro vinagre), mas achei um interessante no site Creativity Games.

Pedi três palavras e recebi estas:
  • rocking chair (cadeira de balanço)
  • vegetable (legume)
  • leg (perna)

Obs. Como uma palavra pode ter vários significados, coloquei aqui só o significado que usei.

Esta é uma obra de ficção: qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.

— Mãe, eu não gosto de batata doce!

— Isso não é batata doce, Luiza, é batata baroa.

— Eu não gosto de batata baroa!

Helena suspirou. Todo jantar era a mesma coisa; ela imaginou as duas dali a vinte anos, a filha já adulta, formada na faculdade, franzindo o nariz e empurrando a comida no prato, e elas tendo aquela mesma conversa todas as noites.

— Luiza, você conhece a regra: pelo menos um legume.

— Milho é legume? — a menina perguntou, esperançosa.

— Não, amor, milho não é legume. Milho é... — Helena olhou para o marido do outro lado da mesa, buscando ajuda — Milho é o quê, Pedro?

— Cereal, — ele respondeu sem erguer os olhos do smartphone.

— Milho é cereal, — Helena repetiu, voltando-se novamente para a filha, — não é legume. Toma, — ela ofereceu, pescando um pedaço de cenoura na travessa, — come cenoura, você gosta de cenoura.

— Não gosto nada.

— Como não gosta? Ontem mesmo você comeu... Pedro! — Helena exclamou, exasperada, e algo no tom da sua voz fez com que o marido despregasse os olhos do smartphone e voltasse sua atenção para a batalha de vontades sendo travada entre as duas mulheres da sua vida.

— Você tem que escolher um, Luluca, — ele disse para a filha, o apelido carinhoso amenizando a entonação severa. — Batata baroa, cenoura ou mandioca.

— Mandioca, — a menina disse sem hesitação, e Helena prontamente colocou dois pedaços de mandioca no seu prato, o alívio por ver a questão resolvida sem drama mesclado com uma ponta de exasperação porque a teimosia da filha parecia ser direcionada sempre a ela e nunca ao pai.

"Pra ele tudo é fácil," ela pensou, ressentida, empurrando a batata baroa no seu próprio prato com uma expressão de contrariedade que o marido teve o bom senso de não comentar que era idêntica à da filha.

O resto do jantar transcorreu sem maiores incidentes. Pedro pegou novamente o telefone e terminou de ler o e-mail que o sócio havia enviado, mas depois disso colocou o aparelho de lado até o fim da refeição. Luiza, já completamente esquecida da discussão, tagarelou sem parar até a hora da sobremesa, contando, entre uma garfada e outra (e, às vezes, durante elas) sobre os ensaios para a festa junina da escola, uma briga ocorrida entre dois coleguinhas e a professora nova que estava substituindo a tia Adriana, de licença médica com uma perna quebrada.

Mais tarde naquela noite, Helena saía do banho quando escutou a voz do marido e a da filha vindo da sala, onde os dois assistiam a um DVD.

— Sua mãe está no banho, deixa que eu leio...

— Não, papai, — a menina interrompeu, — você não sabe!

— Como, não sei? — Pedro disse, rindo, entrando no quarto atrás da filha. — Eu sei ler, sim!

— Você não sabe ler a história da Chapeuzinho Vermelho, — ela declarou, caminhando decidida em direção à mãe assim que a viu abrir a porta do banheiro da suíte. — Você não faz as vozes direito; a mamãe é que sabe!

— Eu faço o Lobo Mau muito bem! — o pai protestou, fingindo indignação, mas a pequena não se comoveu e agarrou a mão da mãe.

— Vem, mamãe, — ela chamou, puxando a mão de Helena — Chapeuzinho Vermelho!

— Você não sabe fazer a vovozinha, — Helena disse ao marido com um sorriso enquanto pegava a filha no colo e a carregava para fora do quarto.

— Não sabe! — Luíza declarou com convicção, sacudindo um dedinho gorducho na direção do pai por cima do ombro da mãe.

Helena deu uma última espiada na direção do marido, que piscou um olho para ela antes de se acomodar para ler o jornal, e saiu do quarto com a filha nos braços. No quarto da menina, Helena se acomodou na cadeira de balanço que tinha sido da sua avó, restaurada com carinho quando a filha tinha nascido, e aconchegou a pequena em seu colo, macia e quentinha no pijama de flanela cor de rosa.

Luíza combateu valentemente o sono até o fim da história preferida, mas já estava cabeceando, os olhos semi-cerrados, quando o caçador finalmente resgatou Chapeuzinho Vermelho e a vovó das garras do Lobo Mau. Quando Helena se levantou com cuidado e carregou a menina para a cama, ela murmurou já de olhinhos fechados:

— Só você sabe, mamãe. Só você.

Glenn Gallimore @ Stockvault.net

segunda-feira, 24 de junho de 2013

No Escuro

Recentemente eu li "No Escuro", primeiro livro da escritora inglesa Elizabeth Hayne. Gostei bastante do livro: a autora utiliza de forma inteligente o recurso de contar, de forma paralela, duas histórias ocorridas em tempos diferentes. Em 2004, a história de Cathy começa num estado de euforia e vai aos poucos desandando até chegar ao fundo do poço; paralelamente, em 2007, Catherine, como agora é conhecida, começa o livro prisioneira dos transtornos psicológicos resultantes do trauma que sofreu na sua "vida anterior" mas, com esforço e determinação, vai aos poucos reconstruindo sua vida, ou melhor, construindo para si uma vida nova em substituição àquela que foi destruída em 2004.

O fato de que o leitor está vendo na Catherine de 2007 o resultado do estrago que o ex-namorado Lee fez na Cathy de 2004 sem dúvida o ajuda a enxergar os sinais de perigo à medida que ela se envolve com ele. O leitor tem uma visão privilegiada porque conhece o futuro, ao contrário de Cathy e de seus amigos. Mais do que isso, porém, o livro mostra como, mesmo depois que Cathy já percebeu que Lee está longe de ser o homem ideal que aparentava ser quando ela o conheceu, seus amigos não entendem como ela pode reclamar de um homem tão bom e tão apaixonado e chegam a censurá-la por não lhe dar o devido valor. Neste ponto, tanto Cathy quanto o leitor enxergam Lee como ele verdadeiramente é, e chega a dar aflição a maneira como seus amigos simplesmente não entendem o que ela está tentando explicar.

Além do fato de que Lee interpreta com maestria e muito charme o papel de namorado dedicado na frente das outras pessoas, contribui muito para o isolamento de Cathy a dificuldade que ela mesma encontra em apontar o que exatamente torna a situação tão ruim quanto ela diz. Isso não acontece porque ela não seja íntima das pessoas com as quais quer conversar ou tenha dificuldade de se expressar.

O problema é que a situação de Cathy não é auto-explicativa. Certas situações dispensam explicações: quando alguém diz "Meu pai morreu", "Minha esposa me deixou", "Estou com câncer", numa única frase já ficou estabelecida a gravidade da situação. Qualquer coisa que a pessoa diga depois disso não é justificativa, é desabafo: não é necessária nenhuma outra evidência de que a situação é grave e a angústia que a pessoa sente é justificada.

Há, por outro lado, algumas situações que não podem ser resumidas em uma única frase. Nem em duas, nem em três. Relacionamentos abusivos não são o único exemplo desse tipo de situação, mas podem ser um bom exemplo. Quando Cathy busca o apoio dos amigos, o que ela tem para apontar como evidência de que o relacionamento com Lee está lhe fazendo mal são coisas que, fora de contexto, não parecem tão terríveis. Não vou nem tentar descrever aqui, porque o resultado seria o mesmo: para fazer o leitor entender o que Cathy passou, a autora gasta quase cem páginas narrando a relação dela com Lee desde o dia em que se conheceram até a primeira agressão física explícita. Elizabeth Hayne traça o caminho percorrido ao longo desses quatro meses e meio da relação passo a passo, gesto a gesto. Isoladamente e fora de contexto, os atos de crueldade que vão se acumulando não causam nem de longe o mesmo impacto que tiveram sobre Cathy, que os vivenciou dentro do contexto de uma relação abusiva.

Assim, para justificar, aos olhos dos amigos, a necessidade premente de terminar com Lee e tirá-lo da sua vida, Cathy precisaria relembrar cada um daqueles momentos que aos poucos foram transformando seu relacionamento em uma masmorra. O ouvinte precisaria ter disponibilidade para sentar com ela e escutá-la narrar cada um dentre as dezenas de gestos de agressão psicológica, descrevendo o tom de voz, o olhar, o clima da situação, até que a soma de tudo demonstrasse que, sim, ela estava em um relacionamento abusivo e precisava de ajuda para sair dele antes que fosse tarde demais. Esse amigo precisaria ainda ser capaz de escutá-la com a mente aberta, sem interrompê-la na altura da quinta história para dizer que "todo relacionamento é assim mesmo, a gente sempre precisa ceder em alguma coisa" e "certamente também há coisas que você faz que não agradam a ele".

Além disso, mesmo para falar com essa pessoa tão disponível e tão compreensiva, não é pouca coisa o fato de que Cathy teria que reviver no tempo de duração de uma única conversa meses de abuso emocional. É uma dose super concentrada de dor que dá para fazer qualquer um desistir antes mesmo de começar, ainda mais quando somada a isso está a pressão de precisar convencer o outro e fazer por merecer o seu "direito" de estar angustiada.

A história de Cathy, como já seria de se esperar, não tem um final feliz. A história de Catherine tem, porque ela conta com pessoas que acreditam nela e a apoiam, mas também pela força que ela encontra em si mesma para juntar os cacos do que se despedaçou e construir algo novo, e da confiança que advém dessa força recém-descoberta. Mesmo com sua percepção da realidade abalada pelo estresse pós-traumático e um transtorno obsessivo compulsivo adquirido na convivência com um homem que controlava cada minuto do seu dia e cada aspecto da sua vida, só quando Catherine consegue (re)conquistar o direito de acreditar em si mesma e na sua capacidade de julgamento, ela consegue superar o que aconteceu.
 
© Joseasreyes | Dreamstime Stock Photos & Stock Free Images
 

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Sinto Sua Falta

Pra variar e pra me distrair um pouco de tudo o que está acontecendo hoje, posto hoje um texto de ficção.
Esta é uma obra de ficção: qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.
Sinto sua falta. Sinto sua falta quando acordo e lembro que não vou te ver hoje. Sinto sua falta de noite, quando repasso os acontecimentos do dia e nenhum deles inclui você. Sinto sua falta nas pequenas coisas, nas coisas simples que fazíamos juntos, nas coisas que você me mostrou pela primeira vez, nas coisas que eu fazia pelo prazer de ter ver sorrir. Nossa, como eu gostava de te ver sorrir!
 
Sinto sua falta tanto que dói, como um nó duro e gelado no estômago, como uma dor que não passa e que, quando passar, vai levar embora consigo a única coisa que me restou de você. Que me restou de nós dois e do tempo em que nós dois éramos "nós dois" e não eu aqui e você... onde? Sinto falta de saber onde você está, de erguer os olhos e te ver do outro lado da sala, cuidando das suas coisas e, às vezes, erguendo os olhos na mesma hora e sorrindo de volta pra mim.
 
Sinto falta da sua risada que se escutava de longe, da sua indignação com tudo que não era certo, da sua vontade de tornar certo o que estava errado. Sinto falta do seus humores bons e maus, da sua voz, dos seus braços, do seu cheiro, das mil e uma expressões e gestos que eu aprendi a reconhecer e interpretar.
 
Sinto sua falta tanto, tanto, tanto, e sei que é inútil e que nada vai mudar o fato de que nós dois não somos mais e não seremos mais. E sinto sua falta mesmo assim, teimosamente, tristemente, enquanto espero que a dor se gaste e se escoe e finalmente se vá e eu possa, então, recomeçar.
 
Mateusz Stachowski @ stock.xchng
 


segunda-feira, 17 de junho de 2013

Operação Pare o Aumento - Eu Fui

Hoje eu acompanhei durante quase três horas, das 17h até um pouco antes das 20h, o quinto ato de protesto organizado pela Operação Pare o Aumento. Caminhei com eles da Candelária até a Cinelândia e de volta pela Presidente Antônio Carlos até a esquina com a Rua São José. Caminhei, tirei fotos, parei, voltei para o início, filmei, atravessei a rua de um lado para o outro procurando os melhores ângulos para tentar transmitir, para aqueles que por um motivo ou outro não estavam lá, a proporção do evento.
 
Candelária - Saída da manifestação
 
Vi homens bem vestidos de terno e gravata, senhoras de uma certa idade e muitos, muitos jovens aparentando seus vinte e poucos anos carregando cartazes feitos, em sua maioria, à mão e entoando palavras de ordem apartidárias. Até chegarmos à Candelária, as bandeiras de partido estavam todas amontadas num grupo que era constantemente vaiado por manifestantes que entoavam em coro "Não tenho partido!" e "Abaixa essa bandeira!".
 
Avenida Rio Branco - "Não temos partido!"
 
Em todo o trajeto até a Cinelândia não vi nenhum gesto de violência ou vandalismo nem escutei ninguém incentivando a baderna. Chegando na Cinelândia, encontramos um grupo com bandeiras da ALERJ que entoava em coro "ALERJ! ALERJ!". Se foram eles que começaram o tumulto na ALERJ, não sei: não os vi fazerem isso, mas também não vi nenhum outro manifestante fazer...
 
Avenida Rio Branco
 
Quando a passeata chegou à Presidente Antônio Carlos, mais grupos e bandeiras se juntaram aos manifestantes. Ao chegar à esquina com a São José eu quis dar a volta pela Rua do Carmo para chegar lá na frente: foi nessa hora que começou um tumulto e algumas pessoas começaram a vir correndo pela Rua São José, criando um pânico entre o pessoal que tomava chope na frente da Casa Ulrich. Hesitei um pouco, mas acabei desistindo de voltar para a Presidente Antônio Carlos: admito que tive medo e, já tendo feito o que tinha me proposto a fazer, que era saber se existia mesmo um movimento popular ou se era só marketing de esquerda festiva, voltei para casa de metrô.
 
Av. Presidente Antônio Carlos

O que tenho a dizer é o seguinte: independente do que tenha acontecido no fim, e que eu não posso atestar porque não estava mais lá, foram quase três horas de manifestação pacífica, passando por diversos policiais sem nenhuma provocação física ou verbal e entoando somente palavras de ordem apartidárias. Os manifestantes não eram, em sua grande maioria, baderneiros, vândalos, arruaceiros. Eram trabalhadores, donas de casa e estudantes. E eram muitos, muitos mesmo. Nenhum governante que ignore o clamor de uma quantidade dessas de cidadãos e eleitores tem o direito de se autoproclamar democrata.
 
Av. Rio Branco
O link abaixo tem mais fotos e está disponível mesmo para quem não tem conta no Facebook:
 

Quem Sabe Faz a Hora, Não Compartilha no Facebook

Quando o preço do tomate subiu, inundaram o Facebook com piadas e trocadilhos. Quando a passagem da barca aumenta de preço, são posts e mais posts indignados. Quando chove, postam fotos das ruas inundadas e denunciam o descaso do governo. Afirmam que o país está do jeito que está porque o povo brasileiro é acomodado, não se mexe, vai às ruas para pedir a legalização da maconha mas não para protestar contra a corrupção.

Pois bem, o povo está na rua agora protestando contra o aumento da passagem de ônibus que circulam cada vez mais lotados e em número cada vez menor. E os revolucionários do Facebook, onde estão? Alguns estão (sempre no Facebook) dando parabéns à polícia por agredir os manifestantes: aparentemente, se em uma multidão alguns se descontrolam é perfeitamente lícito e civilizado revidar com violência contra todos sem se preocupar com quem será atingido. Afinal, só de estar ali já estão errados, né? Que abuso desse povinho, achar que tem o direito de protestar!

Amanhã está programado mais um ato de protesto, às 17h, na Candelária. Eu vou. Vou porque, se os manifestantes forem mesmo esses vândalos baderneiros que dizem que são, eu vou saber porque vi, e não porque escutei de alguém que estava irritado porque ficou preso no trânsito durante a última manifestação. E, se não forem... bom, se não forem, se o que está acontecendo for realmente um abuso de poder da parte de um governo que manda agredir e prender quem discorda dele, eu vou poder dizer, caso me perguntem no futuro, de que lado estava.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Uma Abordagem Diferente no Trato Com as Empresas Prestadoras de Serviço

Continuando a tentativa de obter de volta os pontos resgatados indevidamente no Claro Clube, desde segunda-feira estou experimentando uma abordagem diferente.
"Não, não essa abordagem."
© Psamtik | Dreamstime Stock Photos & Stock Free Images
Meu celular tem a opção de gravar as ligações: assim, ao invés de depender da Claro para me enviar a gravação das ligações (e ainda ficar na mão quando a ligação é feita por eles, já que essas ligações, segundo eles, não são gravadas), passei a gravar eu mesma todas as minhas conversas telefônicas com a Claro e guardar os arquivos das conversas junto com a planilha na qual registro a data da ligação, o número do protocolo (se houver) e o nome do atendente. Todas as minhas conversas com os atendentes da Claro agora começam comigo informando que a ligação está sendo gravada.
Esta estratégia simples tem ajudado a diminuir o meu nível de estresse. Para início de conversa, eu me sinto mais no controle da situação. Uma das coisas mais estressantes de se lidar com o atendimento telefônico das empresas prestadoras de serviço, na minha opinião, é que eles parecem ter todo o controle: você, cliente pagante, liga para a empresa, e eles te atendem se e quando querem. Quantas vezes você já não escutou do atendente que o sistema estava em manutenção ou a rede estava fora do ar e que você teria que ligar de novo mais tarde? Algumas vezes, dão um prazo de retorno (que não necessariamente é cumprido), outras vezes dizem mesmo que não há previsão. Poucas empresas se dão ao trabalho de informar o tempo previsto de espera e deixam o cliente no limbo, escutando um milhão de vezes o jingle da empresa e as promoções da vez sem ter a menor noção de se falta muito ou pouco para chegar a sua vez na fila. Às vezes o cliente não tem nem a chance de decidir se vai aguardar ou não: ouve uma gravação dizendo "Todos os nossos atendentes estão ocupados; por favor, tente novamente mais tarde." e a ligação é encerrada. A opção "Falar com um de nossos atendentes" normalmente é a última daquele menu que a URA recita bem pausadamente enquanto a bateria do seu celular acaba, e às vezes o menu só é apresentado depois que você escuta a lista com todos os bairros que estão sem sinal ("mas já estamos trabalhando para resolver este problema"), o aviso de todas as coisas que pode resolver pelo site e a propaganda daquele produto que está nas metas do mês do Departamento de Vendas.

Quando finalmente um ser humano se digna a te atender, você só fala quando o atendente autoriza, pois ele te coloca em espera enquanto digita ou consulta o sistema e a ligação fica muda. Ou seja, só fale quando te perguntarem alguma coisa; caso contrário, cale a boca. Se o atendente demonstrar má vontade, falta de educação ou incompetência pura e simples e você quiser falar com um supervisor, vai depender deste mesmo atendente que está te atendendo mal para transferir a ligação para o supervisor. Já ouvi de atendentes que todos os supervisores estavam ocupados no momento, que ele não ia me transferir porque o supervisor só ia repetir a mesma resposta que ele já tinha me dado, que todos os supervisores estavam em uma reunião e até mesmo que ele não ia me transferir e pronto.

O atendente pode escrever o que ele quiser na descrição da ocorrência e você não vai saber até ser tarde demais. Você pode pedir a gravação da ligação, mas dá um trabalho absurdo, como eu estou descobrindo agora, e, se ele te der o número do protocolo errado, esquece: nunca mais você vai encontrar essa ligação.

É claro que gravar as conversas não resolve magicamente todos os problemas, mas, em primeiro lugar, os atendentes tendem a ser mais cuidadosos com o que dizem e fazem quando sabem que estão sendo gravados. Além disso, de posse da gravação da ligação você tem todas as evidência de quanto tempo levou para ser atendido, quantas vezes foi passado de um atendente para o outro e tudo o que cada atendente disse, para ninguém poder negar depois.

Finalmente, se você, como eu, tem um gênio forte e está habituado a ser rotulado de pavio curto, intransigente, difícil de lidar, escutar a gravação da sua conversa com o atendente pode ser uma grata surpresa. Na primeira gravação que eu escutei, foi um alívio perceber que eu posso não ser uma pessoa tão paciente quanto deveria, mas não sou nem de longe tão intolerante quanto alguns tentam me fazer crer.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Um Resgate Que É Sequestro

Eu sempre pensei que o Claro Clube fosse apenas mais um programa de fidelidade, um agradinho para o cliente fiel, facilitando a compra de um aparelho novo. Hoje estou revendo esse conceito: esses pontos do Claro Clube devem ter um valor que nós, clientes, nem suspeitamos, comparável apenas ao dos diamantes vermelhos. Só isso explica o empenho com que a Claro está se agarrando aos 2.900 pontos que debitou indevidamente há quase um mês.
 
"Com os pontos que tiramos de você, construiremos uma arma de raios gigante com a qual dominaremos o mundo!"
 

Na sexta-feira passada, último dia do prazo de 5 dias úteis que a Claro tinha para atender a reclamação que eu fiz junto à ANATEL, recebi uma ligação de L., da Central de Relacionamento da Claro, para falar sobre a minha reclamação de que tinha recebido informações divergentes da Claro. Eu expliquei para ela que a classificação original da reclamação era "Reclamação | Móvel Pessoal | Pós-Pago | Promoções | Outros", classificação essa que foi alterada pela Claro para "Reclamação | Móvel Pessoal | Pós-Pago | Atendimento | Central de Atendimento | Qualidade da informação | Informações divergentes". Claro que fica muito melhor na fita dizer que foi um problema de "informações divergentes", né? Vamos esclarecer esse mal-entendido e tudo vai ficar bem, e todo mundo vai ser amigo de novo!
 
Contei a história toda de novo e ela primeiro jogou um caô de perguntar se eu NÃO tinha o protocolo da ligação onde foi feita a oferta do aparelho, porque, quem sabe, né? Vai que eu não tinha e ela se livrava de mim mais rápido. Infelizmente para L., eu tenho uma planilha com todos os números de protocolo, datas e nomes dos atendentes com quem falei e prontamente forneci o número do protocolo. Ela disse então que ia verificar que jeito ela ia dar pra se livrar dessa encrenca a situação e me ligaria de volta, para eu não ter que ficar esperando na linha. Tão prestativa, essa menina. Podia ter economizado o tempo dela e o meu se tivesse verificado o número de protocolo que eu forneci junto com a reclamação para a ANATEL, ou os dez telefonemas que eu dei para a Claro na semana anterior à reclamação, mas eu disse que ela é prestativa, não que é eficiente, né?
 
Sabe quando você entrega um trabalho de faculdade de 20 páginas e no dia seguinte o professor já deu a nota de todos os trabalhos e você percebe que poderia muito bem ter escrito só a primeira e a última página e preenchido as 18 páginas do meio com a letra de "Ai Se Eu Te Pego" copiada e colada várias vezes, porque é óbvio que o professor não leu todos aqueles 30 trabalhos que recebeu de um dia para o outro? Pois é. Ou isso, ou L. é uma prima distante do Flash, porque nos 10 minutos entre a hora em que ela desligou o telefone e a hora em que me ligou de novo ela teve tempo de ler o registro das chamadas anteriores, analisar o caso sobre o qual até então não sabia nada, relatar o problema para sua supervisora e receber dela a proposta que transmitiu para mim: a Claro me daria um crédito de R$ 200,00 na compra do aparelho. Que compra? Que aparelho? O que será que estão colocando na água dos bebedouros na Claro pro pessoal viajar desse jeito? São perguntas que ficarão sem resposta porque, segundo L., o número de protocolo que eu forneci se refere a uma multa, e não a uma oferta de aparelho. Não me perguntem que multa seria essa porque eu nem tentei entender essa parte do delírio. Disse apenas que (1) essa oferta de aparelho ocorreu, sim, e que, para provar isso, eu estava solicitando o envio da gravação da ligação e (2), supondo, apenas para fins de discussão, que não houve oferta de aparelho, A TROCO DE QUÊ A CLARO FEZ O RESGATE DESSES 2.900 PONTOS? Como L. não tinha resposta para essa pergunta de cunho quase filosófico, resolvi não insistir e pegar primeiro a gravação da ligação. Ela registrou o meu pedido e disse que em até cinco dias úteis eu iria... receber a gravação? Não! Receber uma ligação da Claro para me informar se a minha solicitação seria ou não atendida. Expliquei para ela que não é assim que a coisa funciona, que os cinco dias úteis são o prazo para a Claro enviar a gravação; não sei se L. entendeu, mas ela disse que sim. Eu disse então que a reclamação junto à ANATEL não deveria ser fechada, já que o problema ainda não tinha resolvido, saí pra almoçar e a Claro fez o quê? Mudou o status da reclamação para Concluída, ainda colocando no histórico que eu tinha concordado com o fechamento da reclamação.
 
Eu vou transcrever na íntegra a resposta da Claro, que é pra todo mundo ver que não é implicância minha quando eu digo que a Claro precisa ser denunciada por exploração de mão de obra infantil, já que ninguém com mais de 7 anos se expressaria de forma tão incoerente.
Em contato com a Sra. Raquel através do terminal 219231864 ás 12h03min no dia 07/06/2013, a mesma reclama que referente a ligação no dia 22/05/2013 em que o supervisor da prestadora confirmou que os 2.900 pontos seriam creditados em sua linha o numero do protocolo: 2013159490972 e no dia 16/05/2013 recebeu uma ligação da prestadora oferecendo um aparelho novo sem custo mas a ligação caiu e em seguida recebeu um SMS informando que 2.900 pontos do Claro Clube haviam sido debitados, usuária informa que o 2.900 seriam débitos em sua linha recebeu uma ligação da prestadora oferecendo um aparelho sem custo algum, a mesma deseja saber o por que o aparelho foi descontado do Claro Clube sem sua autorização. Resposta completa em anexo.
Ah, mas a resposta completa está em anexo! Lá com certeza deve estar tudo esclarecido.
Em contato com a Sra. Raquel através do terminal 219231864 ás 12h03min no dia 07/06/2013, a mesma reclama que referente a ligação no dia 22/05/2013 em que o supervisor da prestadora confirmou que os 2.900 pontos seriam creditados em sua linha o numero do protocolo: 2013159490972 e no dia 16/05/2013 recebeu uma ligação da prestadora oferecendo um aparelho novo sem custo mas a ligação caiu e em seguida recebeu um SMS informando que 2.900 pontos do Claro Clube haviam sido debitados, usuária informa que o 2.900 seriam débitos em sua linha recebeu uma ligação da prestadora oferecendo um aparelho sem custo algum, a mesma deseja saber o por que o aparelho foi descontado do Claro Clube sem sua autorização. Verificamos em sistema não consta nenhuma informação no protocolo passado e informamos a tabela de pontuação, informamos o que podia ser feito era realizar a revisão de valores no total de R$ 200,00, mas a mesma não aceitou. A mesma solicitou a gravação da informação passada pelo supervisor informamos aguardar o prazo passado para receber a gravação. Usuário ciente das informações e autorizou o fechamento do caso junto a Anatel.   
   Agradecemos a oportunidade de esclarecimentos e qualquer dúvida deixamos nossa centra 1052 e site
www.claro.com.br .
Sei que falar de erro de digitação num texto desses é como comer comida estragada e reclamar que estava meio sem sal, mas eu não posso deixar de apontar o fato de que o último parágrafo deve ser um texto padrão que é inserido automaticamente no fim de todas as respostas, e mesmo assim NINGUÉM NUNCA PERCEBEU QUE ESTÁ FALTANDO O "L" EM "CENTRA 1052".
 
Fonte: http://www.quickmeme.com
 
Bom, como o diálogo com a Claro não está fluindo, liguei de novo só para solicitar o envio da gravação de mais três ligações: a ligação em que o supervisor G. me disse que os pontos seriam creditados e as duas gravações de L. com a "solução" da Claro. A atendente C. me perguntou o motivo da solicitação e, quando eu disse que era para provar que as ligações realmente existiram, já que a Claro está tentando fingir que não, ela deve ter entrado em pânico, coitada, porque transferiu a ligação para o atendente W. (outro W., não aquele de uma semana atrás) sem uma explicação. Sério: ela me perguntou o motivo, eu respondi e, assim que terminei de dizer a última palavra, W. já estava na linha me perguntando em que podia me ajudar. Deve ter algum tipo de botão de pânico na mesa dos atendentes da Claro pra situações como essa.
 
Enfim, solicitei mais essas três gravações e liguei para a ANATEL para dizer que a minha reclamação tinha sido fechada à revelia pela Claro e sem resolver o problema, mas a atendente A.J., da ANATEL, me disse que, como a Claro ainda tinha até o fim do dia para atender a minha solicitação, eu só poderia reabri-la na segunda-feira. Me contentei, então, em abrir uma reclamação no Reclame Aqui e amanhã vou ligar para a ANATEL.
 
Se algum advogado ler este post, agradeço se puder me informar se eu posso postar aqui as gravações das conversas sem medo de ser processada.
 
Estatística atualizada:

Telefonemas para a Claro: 11
Telefonemas da Claro: 2
Reclamações junto à ANATEL: 1
Reclamações no Reclame Aqui: 1
Números de protocolo: 13
Vezes que eu contei a história: 14
Atendentes: 14
Supervisores: 1
Tempo gasto no telefone: 02:21:15
Soluções prometidas: 1
Soluções: 0

terça-feira, 4 de junho de 2013

Newsonic

Depois de fazer vários posts apoiando artistas de rua, vou fazer um post para apoiar a banda de um amigo meu, que está participando de uma promoção da Agência PapaGoiaba cujo prêmio é a gravação de um videoclipe. Como eles acabam de gravar o seu primeiro CD, o videoclipe viria em excelente hora.

Para ajudá-los, basta assistir o vídeo abaixo e clicar no botão "Gostei" na barra superior do vídeo. A minha opinião é suspeita, claro, mas eu gostei bastante do som deles, de verdade. O meu amigo que toca na banda é o guitarrista Leo Coutinho.


"Curtis" na foto da banda no Facebook também contam, então dá pra ajudar duas vezes, clicando no "Gostei" do vídeo e depois no "Curti" da foto, neste link.

Desde já, obrigada!

Para aqueles que curtirem (só pode olhar depois que curtir!) seguem, como recompensa, algumas fotos felizes:

E AGORA, UM POEMA:
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ROSAS SÃO VERMELHAS,
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VIOLETAS SÃO AZUIS.
© Svetlanagladkova | Dreamstime Stock Photos & Stock Free Images

OBRIGADA POR CLICAR NO LINK
© Tan4ikk | 
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E AJUDAR A FAZER MÚSICA!
© Namowen | 
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(FOTO BÔNUS JÁ QUE O VERSO NÃO RIMOU)
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segunda-feira, 3 de junho de 2013

Gente Que Faz (Média)

Eu não sei fazer média com as pessoas e, para ser franca, não tenho vontade de aprender.

Um dos motivos é, sem dúvida, o fato de que sofro de inabilidade social aguda. Não sei se é uma má-formação congênita da minha personalidade ou se foi algum vírus ao qual fui exposta na infância junto com o da catapora e o da caxumba: o fato é que o meu índice de MPM (Meter os Pés pelas Mãos) é altíssimo, muito acima do razoável.

O outro motivo de eu não saber fazer média são as tentativas dolorosamente óbvias de fazer média que eu testemunho todos os dias. Cada vez que eu presencio uma dessas cenas lamentáveis, a parte do meu cérebro que deveria ser responsável por fazer média diminui mais um pouco.

Pode parecer estranho uma analista de requisitos que não sabe fazer média, mas a verdade chocante é que a maioria dos clientes reage bastante bem a competência e respeito. Para quem não tem essas duas características nas doses necessárias, fazer média pode parecer uma boa alternativa, mas a pessoa tem que ser muito boa nisso para ser capaz de fazer média sem parecer que está fazendo média. E ser muito bom nisso significa, entre outras coisas, não se valer de nenhuma das seguintes técnicas:

Técnica: Amor à Primeira Vista

É uma maneira clássica de fazer média. Você foi apresentado à pessoa, trocaram meia dúzia de palavras e, na próxima vez que se vêem, você reage como se fosse seu melhor amigo que você não vê há anos.

Por que não é uma boa ideia?

Pra começo de conversa, há o fato óbvio de que a outra pessoa dificilmente vai ser idiota de acreditar que você, um quase desconhecido, está assim tão feliz por vê-la, o que quer dizer que essa estratégia só funciona com gente muito burra ou muito egocêntrica.

Outro risco inerente a essa estratégia é o fato de que, como vocês mal se conhecem, na hora H você pode esquecer alguma informação crucial como, por exemplo... o nome da pessoa. Sim, já vi isso acontecer mais de uma vez e foi horrível: o fazedor de média abrindo aquele sorrisão de comercial de pasta de dente e exclamando "Olha quem está aqui, o meu amigo..." AimeuDeusqualemesmoonomedele?

"E agora? Já estou prolongando esse abraço há 15 minutos e ainda não consegui lembrar do nome dela..."

Estratégia alternativa:

Preste atenção ao que a pessoa disser quando vocês se conhecerem e use essa informação para demonstrar um interesse simpático (e comedido) da próxima vez que se encontrarem. "E aí, foi tudo bem na prova?" "Como foi a viagem?" "Seu pé está melhor?". Dá um pouco mais de trabalho, porque você vai precisar efetivamente ouvir a pessoa, mas o resultado é melhor e a chance de passar vergonha é bem menor.

Técnica: O Político

Técnica bastante popular entre fazedores de média corporativos. Não sei por quê, mas só a vejo ser utilizada por homens.

O fazedor de média político chega no trabalho e vai de mesa em mesa cumprimentando um por um. Pelo nome. Com um aperto de mão (para os homens) ou um beijo (para as moças). Todo santo dia.

Variações dessa técnica incluem um beijo na mão acompanhado de um olhar profundo do tipo "este sou eu te seduzindo".

Por que não é uma boa ideia? 

Porque você esteve com essas pessoas há menos de 24 horas: você não teve tempo de sentir saudade delas. Você provavelmente nem pensou nelas nas 15 horas que passaram separados, até porque pelo menos umas 6 dessas 15 horas você passou dormindo.

Um bom-dia geral e um sorriso deixam todo mundo feliz sem interromper o trabalho de ninguém. Porque é basicamente só isso que o fazedor de média político consegue: fazer todo mundo parar o que está fazendo para dar atenção a ele.

Não tenho nada para acrescentar aqui, não: é só que esse foi um dos resultados da pesquisa por "shaking hands" e, gente, tem como não amar esta foto?
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Estratégia alternativa: 

Dê um bom-dia geral, bem animado se você for uma dessas pessoas felizes que acordam de bem com a vida. Se a sala é grande, pode ir repetindo a saudação por todas as baias pelas quais passar, mas não obrigue seus colegas a responder e, pelo amor de tudo o que é bom e justo no mundo, não reclame que o bom-dia deles foi muito desanimado. Você não é apresentador de programa de auditório nem recreador de festa infantil.

Pare para conversar com aqueles para quem você efetivamente tem algo a dizer mas, se eles estiverem com aquela cara de "preciso terminar isso para apresentar em uma reunião daqui a meia hora, me deixa em paz pelo amor de Deus", se manque e caia fora.

Uma grande vantagem dessa estratégia alternativa é que, caso você tenha se desentendido com um colega recentemente, ou se vocês simplesmente não se dão mesmo, você não precisa escolher entre ser abertamente hostil ao falar com tudo mundo e virar a cara para ele e ser escandalosamente falso ao dar um bom-dia carinhoso e pessoal pra quem sabe muito bem o que você pensa dele.

Técnica: Sou Seu Fã

Essa técnica é popular tanto com fazedores de média quanto com puxa-sacos. É importante fazer a distinção porque todo puxa-saco é fazedor de média, mas nem todo fazedor de média é puxa-saco.

A técnica consiste em enaltecer as qualidades, reais ou imaginárias, do outro, sempre que surge uma oportunidade. Ou mesmo que ela não surja: o importante é lembrar sempre o quanto ele é inteligente, íntegro, vital para o projeto, cidadão modelo, pai/mãe exemplar.

Por que não é uma boa ideia? 

Assim como no caso do "Amor à Primeira Vista", sempre haverá aqueles tão burros e/ou egocêntricos que acreditarão em qualquer coisa que massageie o seu ego. Com os demais, há que usar cautela com os elogios, até mesmo com os elogios sinceros. Por mais maravilhosa que uma pessoa seja, existe hora e local para dizer isso. E existe uma quantidade máxima de vezes que dá para fazer o mesmo elogio antes que o ouvinte tenha vontade de gritar: "Tá bom, já entendi!"

Isso é particularmente delicado quando você está pedindo alguma coisa à pessoa sendo elogiada. Não há maneira melhor de estragar um elogio do que emendar com um pedido de favor. Você está sendo tão sutil quanto uma criança escondida atrás da cortina com os pezinhos aparecendo. Tão sutil quanto e bem menos bonitinho.

"Eu sou o mestre dos disfarces! MUAHAHAHAHAHA!"
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Estratégia alternativa: 

Elogio é bom e todo mundo gosta. Elogie, elogie sempre. Mas espere a pessoa te dar motivo para elogiar. Seja específico. Ao invés de apresentar o novo membro da equipe como "O" cara que vai resolver todos os problemas, parabenize-o publicamente pelo contrato enorme que ele fechou, ou pelo sistema que ele entregou sem erro. Ao invés de dizer "você é uma mãe maravilhosa", diga que ficou impressionado com a forma com que ela lidou com determinada situação delicada. Quando você não consegue pensar em nenhum motivo concreto para elogiar, é um bom momento para repensar a ideia de fazer o elogio.

Fazer média: talvez você seja mesmo tão bom nisso quanto acha que é. Talvez ninguém nem perceba que você está só fazendo média. Talvez essas mesmas estratégias que eu citei funcionem direitinho com as pessoas com quem você faz média. É. Pode ser. Mas tenha em mente as palavras de Abraham Lincoln:
"Você pode enganar algumas pessoas o tempo todo ou todas as pessoas durante algum tempo, mas você não pode enganar todas as pessoas o tempo todo."
E lembre-se que, para aquelas pessoas a quem você não está enganando, você é só um marmanjo com uma panela na cabeça, dando risadinhas e se achando o máximo.

domingo, 2 de junho de 2013

Net: A Volta do Gravador Digital

Depois de mais alguns dias sem o gravador digital e mais algumas ligações para a Net, o mistério do gravador digital desaparecido finalmente foi resolvido.

Após terminar o prazo de 24 horas dado pelo último técnico, como a opção "Gravador digital" continuava ausente do menu da Net, liguei novamente para a Net, contei para a atendente J. toda a história de novo, e ela tentou mais alguns procedimentos: perguntou os últimos 4 dígitos do SmartCard do decodificador, mandou um "reforço de sinal" (seja isso o que for), pediu para eu desligar e ligar de novo o decodificador e, quando eu fui informar que nada disso tinha adiantado... a ligação caiu.

Uma das grandes vantagens de ter este blog é que esse tipo de coisa agora me incomoda menos: ao invés de me irritar com o péssimo atendimento, penso nisso como assunto para novos posts. Assim, ao invés de me aborrecer, liguei novamente para a Net, bati aquele papo super divertido com a URA (mais sobre isso em um post que pretendo escrever só sobre essa <sarcasmo>maravilha</sarcasmo> do mundo moderno, a Unidade de Resposta Audível) e cheguei à atendente J. (outra J., não a mesma da ligação anterior).

J. escutou toda a minha história, verificou o cadastro do assinante e me informou, vejam que espetáculo, que eu não tinha o serviço de gravador digital. Ou seja, a explicação para o sumiço dessa opção do menu não era o disco rígido queimado, não era a configuração do decodificador, era... quem lembra que no post anterior eu apostei que não era coincidência essa opção ter sumido no mesmo dia em que alterei o plano da TV a cabo?

"E o prêmio vai para a moça que apostou que a operadora de TV por assinatura ia meter os pés pelas mãos mais uma vez!"
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Pois é: não só a atendente com quem eu falei no domingo conseguiu a proeza de mudar o meu plano para um cujo preço inclui a gravação digital e ao mesmo tempo desabilitar o serviço de gravação digital, como também os quatro atendentes com quem eu falei desde então não verificaram essa pequena informação no cadastro, muito embora eu tenha dito à primeira atendente (A.) que tinha acabado de mudar de plano e será que isso não poderia estar relacionado com o problema.

A atendente A. então habilitou o serviço e, depois de alguma insistência da minha parte, concordou em me conceder o privilégio de estornar da minha fatura a cobrança do serviço nos dias em que ele esteve desabilitado. E o transtorno de passar 5 dias ligando para a Net, de ter ficado em casa na terça à noite, na sexta à noite e no sábado de manhã esperando pelos técnicos? Ah, isso faz parte, né, gente? Super normal pra quem tem um serviço de TV por assinatura. Pedi para falar com o supervisor e ela disse (eles sempre dizem) que o supervisor só iria confirmar a informação que ela tinha me dado. Diante da minha teimosia insistência, ela me colocou na espera por um tempo e voltou dizendo que a resposta do supervisor era a mesma que ela já tinha me dado. Insisti que não iria desligar sem falar com o supervisor já que, como eu ia levar aquilo para a Justiça, era importante que o assunto passasse por todas as instâncias da Net: esse argumento fez com que ela me colocasse na espera de novo e finalmente voltasse dizendo que o supervisor tinha autorizado que ela habilitasse os canais da HBO gratuitamente por 30 dias para mim.

Já verifiquei que o serviço de gravação digital e os canais da HBO estão habilitados, então, aparentemente, o caso está encerrado. Resta agora esperar chegar a próxima fatura para ver se está tudo resolvido mesmo. A princípio, a Net está com 28 minutos de vantagem em relação à Claro, que até agora não me devolveu os pontos do Claro Clube.

Estatística atualizada:

Telefonemas para a Net: 5
Visitas técnicas agendadas: 3
Visitas técnicas que ocorreram: 2
Números de protocolo: 5
Vezes que eu contei a história: 7
Atendentes: 5
Técnicos: 2
Tempo gasto no telefone: 01:30:13
Soluções prometidas: 3
Soluções: 1

sábado, 1 de junho de 2013

Apertem os Cintos: o Gravador Digital Sumiu!

No domingo passado, eu liguei para a Net para fazer algumas alterações no meu plano. Coisa pouca, só tirei os canais da HBO e reduzi o valor da fatura em mais de R$ 200,00. Obviamente, a diferença de preço não foi só por causa dos canais excluídos, mas, principalmente, porque os planos da Net mudaram de preço desde que eu adquiri o meu e a Net, claro, ficou na dela porque atendimento de qualidade é pra cliente novo, não para cliente que paga a conta em dia há anos. Claro (com trocadilho). E, apesar de ser um alívio reduzir a minha despesa mensal de forma tão significativa, é exaustivo ter que ficar monitorando as prestadoras de serviço para me certificar de que eu não estou pagando a mais.

Bom, nada que um telefonemazinho básico de 1 hora e 20 minutos não resolva, né? Plano reduzido, os canais HBO foram removidos da grade imediatamente e a fatura... bom, a fatura só no mês que vem, né? Essas coisas demoram.

Coincidência ou não (e eu aposto em "não"), no mesmo dia a opção "Gravador digital" sumiu do menu da Net na minha TV. Para quem não conhece, é a funcionalidade que permite que o usuário grave a programação da Net no disco rígido que fica dentro do decodificador da Net e é um dos principais motivos pelos quais eu assino a Net.

Liguei para a Net no dia seguinte e falei com a atendente A. que, depois das tentativas de solução padrão (me pedir para desligar o decodificador e ligar de novo, enviar remotamente um comando para o aparelho), agendou uma visita técnica para a terça-feira à noite. O técnico veio no dia e hora marcados e, quando eu expliquei o que tinha acontecido, fez o diagnóstico na hora: o disco rígido estava queimado e a única solução era trocar o aparelho inteiro. Perdi tudo o que eu tinha gravado, mas, fazer o quê? Aparelhos eletrônicos são assim: num dia funcionam, no outro dão PT. Acontece.

O que NÃO acontece é, no dia seguinte, a opção "Gravador digital" já ter sumido de novo. Essas coincidências estão ficando meio que demais, né? Liguei para a Net e o atendente W. queria mandar outro técnico para cá, porque, afinal, funcionou tão bem da primeira vez, né? Como W., apesar de ser do suporte técnico, não tentou fazer nenhum tipo de investigação do erro e estava mais interessado em passar o problema adiante, deixei que ele agendasse uma nova visita para ontem à noite na esperança de que mandassem um técnico de verdade para minha casa, um que fosse capaz de identificar a causa do problema.


Assim, fiquei em casa ontem à noite, esperando o técnico que deveria chegar entre 20h e 23h. Desmarquei uma aula de reposição, dispensei um convite para visitar meu irmão, e fiquei em casa fazendo dever de casa do italiano e jogando Sugar Crush no computador. Tudo em vão, porque, como eu disse no post de ontem, o técnico não apareceu. Esperei dar meia-noite, para ter certeza, liguei para a Net e a atendente V. me informou que o atendente W. tinha cancelado a visita. As pessoas falam tanto que os atendentes dessas empresas têm um roteiro que são obrigados a seguir, mas, aparentemente, esse roteiro só impede que eles façam coisas que efetivamente resolvam o problema. Quando eles ficam irritadinhos, o roteiro não os impede de fazer uma lambança no seu chamado. Enfim, registrei uma reclamação contra o atendente W., agendei uma nova visita com a atendente  V. e, depois de me certificar de que ela também não cancelaria a visita alegando que faltou informação de confirmação, desliguei o telefone.

Hoje de manhã, o técnico esteve aqui e, ao invés de trocar o aparelho, restaurou a configuração original dele. Por um lado, se a solução procede, isso quer dizer que eu perdi tudo o que eu tinha gravado no disco rígido do outro aparelho à toa. Por outro, convenhamos, quais são as chances de um disco rígido ter queimado em um dia e o outro ter alterado a configuração sozinho no outro? O técnico disse que leva até 24 horas para a opção "Gravador digital" aparecer de novo no menu: quem está botando fé nessa solução, levanta a mão!

"Tinha mais gente pra não levantar a mão, mas eles precisaram ir pra casa esperar o técnico da Net."
© Hurricanehank | Dreamstime Stock Photos Stock Free Images

Estatística:

Telefonemas para a Net: 3
Visitas técnicas agendadas: 3
Visitas técnicas que ocorreram: 2
Números de protocolo: 3
Vezes que eu contei a história: 5
Atendentes: 3
Técnicos: 2
Tempo gasto no telefone: 00:47:12
Soluções prometidas: 2
Soluções: 1? (saberemos em 24 horas)

Claro Clube: a Luz no Fim do Túnel Era um Trem

Hoje fazem 5 dias úteis desde que o supervisor G., da Claro, me disse que os meus 2.900 pontos resgatados indevidamente no Claro Clube seriam creditados novamente na minha conta. Surpreendentemente (para alienígenas que acabaram de pousar na Terra e nunca ouviram falar da Claro), não foi creditado nem meio pontinho.


Isso atrapalha um pouco a minha programação, já que a minha intenção hoje era falar sobre o técnico da Net que não veio, mas a Claro decidiu furar a fila...

Acabo de abrir uma reclamação no site da Anatel:
No dia 16/05, recebi uma ligação da Claro me oferecendo um aparelho novo sem custo. Aceitei a oferta, mas a ligação caiu antes que a atendente terminasse o processo de verificação dos meus dados e confirmação da operação. Algumas horas depois, recebi um SMS da Claro me informando que 2.900 pontos do Claro Clube haviam sido debitados, informação confirmada pelo extrato em anexo obtido no site da Claro. Desde esse dia, liguei para a Claro diariamente e várias vezes por dia até o dia 22/05, quando finalmente obtive a confirmação de que os 2.900 pontos haviam sido debitados como pagamento pelo meu aparelho "sem custo" e que, como (1) a ligação havia caído antes da confirmação da operação e (2) 2.900 pontos debitados do Claro Clube representam custo, os pontos seriam creditados novamente em até 5 dias úteis. Hoje, no entanto, 5 dias úteis depois, o meu saldo continua o mesmo.
O status no site da Anatel, por enquanto, é um mero "Solicitação encaminhada à Claro (RJ e ES)". Vou postando as atualizações conforme o processo for avançando.

Nesse meio tempo, preciso ligar para a Net para saber o que aconteceu com o técnico que vinha aqui ontem: gente, estou tão preocupada! Será que já devo começar a ligar para os hospitais? Ou para a Divisão Anti-Sequestro? Quem sabe o técnico foi sequestrado?

Estatística atualizada:

Telefonemas para a Claro: 10
Solicitações para a Anatel: 1
Números de protocolo: 10
Vezes que eu contei a história: 12
Atendentes: 11
Supervisores: 1
Tempo gasto no telefone: 01:58:22
Soluções prometidas: 1
Soluções: 0