domingo, 27 de dezembro de 2015

Labyrinx

Este ano eu tive a oportunidade de acompanhar o trabalho de um grupo de amigos que está criando um jogo de tabuleiro chamado Labyrinx. O jogo já está na fase de testes e eu participei de dois deles até agora: um só para amigos, na casa de um dos criadores do jogo, e outro aberto para o público em geral, na Redbox, uma loja de jogos / livraria / reduto nerd no Centro do Rio de Janeiro que eu só descobri graças a esse evento, já que fica escondida no fim do corredor do quarto piso de uma galeria localizada em uma ruazinha de pedestres no Centro.

"+7 de furtividade." (desculpa, gente, mas post sobre jogo sem piada nerd não dá)
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Piadas bobas à parte, o jogo é muito, muito legal. Eles já fizeram eventos de teste em várias outras ocasiões, inclusive no 8º Encontro Board Game em São Paulo e no Diversão Offline. Não vou contar todos os detalhes do jogo porque pra isso já existem a página no Facebook, o blog no Tumblr e a conta do Instagram, mas é um jogo que tem todos os elementos para me agradar. É um jogo de estratégia e aventura com um componente de RPG que me conquistou de cara, mas que pode facilmente ser ignorado por aqueles que não têm interesse nesse tipo de coisa. Um jogador pode incorporar Avra Kardorem, feiticeira das Torres Perdidas e Guardiã dos Últimos Segredos, destruindo às gargalhadas o labirinto criado pelo Rei Louco e saboreando o caos que a sua vingança está trazendo ou pode simplesmente usar sua carta de personagem para, uma vez por rodada, tirar do jogo duas cartas quaisquer de forma a dificultar o caminho dos adversários e impedir que eles marquem pontos.

Agora, por que motivo alguém não iria querer ser a Feiticeira das Torres Perdidas está além da minha compreensão.
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Como o Labirinto começa invisível e se revela a cada jogada na direção que cada jogador escolher e com cartas tiradas de uma pilha embaralhada no início do jogo, é impossível jogar duas vezes no mesmo Labirinto. Mesmo durante o jogo, o Labirinto muda: partes são destruídas, trocadas de lugar, substituídas por outras partes dependendo do talento de cada personagem e de como cada um usa o seu talento. Alguns personagens arrombam portas, outros atravessam paredes, monstros atacam os aventureiros e armadilhas surgem onde menos se espera. No último evento de testes do qual eu participei, joguei duas vezes e pude perceber como o ritmo do jogo mudou de uma partida para outra mesmo sendo praticamente os mesmos jogadores nas duas vezes.

Apesar de todas essas variações possíveis, a mecânica do jogo é simples e ele é bastante dinâmico. Até o último instante o jogo pode virar e quem já tinha recolhido mais tesouros no Labirinto se vê de repente sem nada.

Se tudo correr conforme o planejado, o jogo vai ser lançado em 2016, por isso eu recomendo, para quem gosta de jogos de tabuleiro e quer experimentar um jogo diferente, ou para quem não é de jogar mas está querendo fazer coisas novas em 2016, que fique atento, curta a página no Facebook, siga o blog, mande um e-mail pra eles pedindo pra ser avisado dos próximos eventos de teste e do lançamento oficial do jogo.

Em 2016, o Labirinto se expande.

Links:

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http://rednerdsgames.tumblr.com/post/121597394575/o-que-é-o-labyrinx

sábado, 26 de dezembro de 2015

Traduttore, Traditore

"Traduttore, traditore" é uma expressão em italiano que, traduzida para o português, significa "tradutor, traidor", querendo dizer que todo tradutor "trai" a obra original, transformando-a em algo diferente do que era a intenção original do autor. Eu não acho que seja bem assim: acho que uma tradução bem feita pode, sim, permanecer fiel à obra original e ser ponte entre o autor e um público que de outra forma não teria acesso à sua obra. Acho também que a tradução é uma arte e exige um talento que vai muito além da fluência em dois idiomas. Um bom tradutor tem que ser capaz de compreender ironias, metáforas, trocadilhos, indiretas, sutilezas mil que o autor emprega e que não vão ser decifradas por um dicionário. Palavras que são ofensivas em um idioma muitas vezes não carregam o mesmo peso em outro e o tom da conversa pode se perder em uma tradução feita por alguém que não conheça as duas culturas o suficiente para entender essas e outras nuances.

Assim como em qualquer área, existem nesse meio profissionais extremamente talentosos e conscienciosos e existem aqueles que não se importam com a qualidade do seu trabalho o suficiente para passar o corretor ortográfico antes de entregar o produto final. Entre um extremo e outro, existe toda uma gama de níveis de profissionalismo e competência, mas vamos falar aqui dos casos mais extremos, aqueles que estão além de qualquer possibilidade de defesa. Do tipo de erro grosseiro que me incomoda porque me tira da estória: eu estou bem tranquila, assistindo um filme, quando um erro de ortografia, por exemplo, salta da tela e acaba com a minha concentração.

Vamos começar com a pessoa que fez a tradução da legendagem para o episódio piloto do seriado Monk para o Now, da Net. Escrever "ancioso" e "despresava" num texto manuscrito já é, por si só, ruim o suficiente para eu nunca mais falar com você, mas desabilitar o corretor ortográfico (ou, pior, ignorar aquele sublinhado vermelho de alerta) que qualquer editor de texto atualmente tem é ainda pior, porque mostra que a pessoa não é apenas ignorante, mas também relaxada, do tipo "se sair com erro, azar, desde que me paguem não estou nem aí".

"Só fica um pouco ancioso com..."

"Não porque ele gostava dela. Despresava-a."

Vou abrir um parênteses rápido aqui para dizer que eu estou frisando que nesses casos se trata da tradução para legendagem porque normalmente não é o mesmo profissional que faz a tradução para legendagem e a tradução para dublagem. São trabalhos bastante diferentes, com regras próprias, diferentes não só da tradução de livros mas também entre si e, já que eu estou citando aqui o programa e a distribuidora, não é justo que um tradutor leve a fama pelas lambanças do outro. Fecha parênteses.

Aí, quando você acha que não tem como piorar, chega um ser como esse que fez a tradução para legendagem do episódio "Batalha na Savana" do programa "Clube da Luta dos Animais" para o Netflix (assisti só esse episódio porque eu queria ver os hipopótamos: me julguem). O indivíduo se depara com a expressão "the mammoth victor" e ou não consegue entender o que o narrador diz ou não sabe o quer dizer mammoth.
Para quem não sabe, "mammoth", como substantivo, é mamute em inglês, mas, quando usado como adjetivo, quer dizer gigantesco, enorme, colossal.
E até aí, tudo bem: sei como é estar com todos os prazos e extensões já estourados, de madrugada, ninguém por perto pra você pedir ajuda e bem quando você acha que está quase terminando o serviço empaca em um obstáculo inesperado. Se a criatura tivesse traduzido "the mammoth victor" como "o vencedor" ou "o crocodilo vencedor" ou qualquer coisa semelhante, eu não diria nada. O tradutor que preparou o texto para dublagem fez isso. Vida que segue. Mas nada — NADA — justifica chamar crocodilo de mamífero.

"O mamífero vitorioso roubou sua refeição, uma gazela adulta."

Não importa se você antes não sabia o que quer dizer "mammoth", ou se o áudio estava péssimo e você entendeu "splurgh" e não "mammoth". A partir dessa cena você pelo menos sabe que, seja o que for essa palavra, ela não quer dizer mamífero. Nem fofinho; podemos concordar que o que você está vendo na tela não é nem um mamífero nem fofinho? Pra não dizer que eu sou uma pessoa intransigente, eu deixo a possibilidade de você traduzir "the mammoth victor" como "o simpático vencedor" ou "esse bicho aí": ambas são traduções melhores do que "o mamífero vencedor". Vai por mim.

"Chega aí, vamos ter uma conversa de mamífero para mamífero."
By Tomás Castelazo (Own work) [CC BY-SA 2.5 (http://creativecommons.org/licenses/by-sa/2.5)], via Wikimedia Commons

domingo, 6 de dezembro de 2015

Jess, a Guardiã Visionária do Mundo

Continuando a leitura de "A Sociedade Cinderela", o capítulo 2 terminou com Jess na casa de Cassandra para uma festa do pijama. Depois que Cassandra garantiu a Jess que Lexy não estaria presente, as duas se reuniram às outras garotas na cozinha. Além de Kyra e Sarah Jane, líderes de torcida que parecem "saídas de capas de revista adolescente" e de Cassandra, ex-líder de torcida que "[faz] com que as duas [pareçam] quase comuns", estão lá também Gwen, "campeã estadual de vôlei que poderia muito bem ter trocado o esporte por um contrato como modelo", "uma rainha de concurso de beleza chamada Mel" e mais meia dúzia de garotas que provavelmente também são lindas e perfeitas e sabefasfddbvfdd. Oops, desculpa aí, gente, dei uma cochilada agora em cima do teclado. É que a Jess não para de falar e falar e falar sobre como todas as Garotas Populares do Bem são lindas, perfeitas e melhores do que os mortais comuns e essa tietagem já está ficando cansativa, mesmo para uma adolescente insegura que está deslumbrada por poder andar com a turma popular.

Enfim, nas horas seguintes as garotas conversam, riem e se empanturram de shakes deliciosos, wraps cremosos e picantes, e aí me deu fome e eu tive que largar o blog um instante pra pegar alguma coisa pra comer na cozinha.

Quase a mesma coisa. Está muito tarde pra ligar o mixer pra fazer shake, e eu não sei fazer wrap, tá?

Vou dar um desconto para o deslumbramento da Jess por estar comendo na mesma cozinha em que o Ryan toma café da manhã todos os dias e por passar em frente à porta do quarto dele no caminho para o banheiro, porque 16 anos são 16 anos. Mais difícil de engolir são os parágrafos e mais parágrafos (sério, muitos parágrafos!) que ela passa repetindo sem parar como é incrível que aquelas garotas lindas e descoladas a estejam "tratando como um ser humano normal". Tá bom, Jess, todo mundo já entendeu: você é uma pária, uma rejeitada pela sociedade, sua auto-estima é baixa, ninguém te ama, ninguém te quer, ninguém te chama de meu amor. Vamos falar do broche e do convite misterioso agora, sim?

Finalmente, depois que todas já foram dormir, Jess e seis outras meninas, novatas como ela, são convocadas no meio da madrugada para uma cerimônia de iniciação. Imaginem-se agora vocês, na casa de uma pessoa que nunca viram na vida, junto com uma dúzia de outras pessoas que (mal) conhecem há dois meses. Metade do grupo é acordado no meio da madrugada pela outra metade e levado até o terraço, onde, sem nenhuma explicação, todas são colocadas sentadas em semi-círculo, cada uma com uma doida psicopata Irmã de pé atrás de si, vestindo uma túnica branca e segurando uma vela acesa. Eu vou transcrever aqui o início da cerimônia de iniciação só para dar o clima.

Mais ou menos assim, só que menos engraçadinho e mais Atividade Paranormal 3.

"Paige ergueu as mãos, palmas para cima, e se dirigiu a nós com uma voz baixa e melodiosa: 
— Quem entra no Círculo Sagrado? 
— Nós, as Irmãs da Sociedade, — disseram Sarah Jane e a fileira de trás. 
— O que as traz ao Círculo? 
— Buscamos voltar a preencher o rol da Irmandade. 
— A Irmandade aceita sua missão. 
(...) 
Paige ergueu sua vela branca, as Irmãs levantando as roxas em resposta. 
— Viemos aqui esta noite, — começou ela, — em nome da Irmandade, para trazer novas Irmãs à nossa congregação. Oferecemos a vocês uma oportunidade, jovens Irmãs. Somos a nova face das mulheres. Nossa liderança trará a aurora de uma nova era. 
Um coro de vozes respondeu atrás de mim: 
— Celebramos nossa verdadeira força."

Eu não sei quanto ao resto de vocês, mas eu já saí dali correndo de pijama mesmo, pulei o muro e voltei pra casa a pé.

Eu vou enfatizar de novo, porque essa parte realmente me deixou bolada, que essa cerimônia não representa a etapa final de um processo de captação de novos membros durante o qual Jess e as outras "jovens Irmãs" foram apresentadas à Sociedade Cinderela e decidiram se juntar a ela por se identificarem com seus valores e seus objetivos. Elas simplesmente receberam um convite para passar a noite na casa da Cassandra, lancharam, bateram papo, foram dormir e no meio da madrugada foram acordadas e trazidas de pijama para o terraço onde um monte de garotas de túnicas brancas e carregando velas acesas começou a entoar cânticos sobre a Sociedade, a congregação e a aurora de uma nova era. Até onde a Jess e as outras sabem, o próximo passo pode muito bem ser uma rodada de suco de uva do reverendo Jim Jones.

Mas nada disso importa para Jess, que está encantada por ser uma das escolhidas e por ser aceita pelas populares. Sua única preocupação ainda é que isso seja tudo uma pegadinha armada por Lexy, porque como é possível que essas Garotas Populares do Bem incríveis, fantásticas e maravilhosas a considerem digna dfdvdfgfddddd... Opa, desculpa aí, peguei no sono de novo. Vamos resumir logo esse negócio: mais velas são acesas, promessas são feitas, lágrimas são derramadas e, voilà! Jess agora é uma Cindy! Porque ela possui "o dom excepcional da liderança", "determinação inabalável" e "firme lealdade" e é "uma defensora da justiça e uma guardiã visionária do mundo". Palavras da Paige, não minhas, tá? Ah, e a Jess também ganha um pingente de borboleta. Isso pode ser importante mais tarde.

Fim do terceiro capítulo, 14% do livro já foi e a Sociedade Cinderela finalmente deu as caras, com sua missão de trazer a aurora de uma nova era, seja isso o que for. Eu acho o máximo que Jess, com seu "dom excepcional de liderança", entre sem questionar para essa irmandade sobre a qual a única coisa que ela sabe é que é formada por garotas bonitas e populares. Ela está preocupadíssima com o fato de que pode não ser digna de fazer parte desse grupo de garotas tão lindas e perfeitas, mas em nenhum momento demonstra preocupação em saber o que diabos é essa nova era que ela vai ajudar a trazer: pelo tanto que ela sabe, pode ser a ascensão do Quarto Reich, a tomada do poder pelo Estado Islâmico ou a instauração do governo totalitário de "1984".

"Valeu a pena."
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Como metade desse capítulo foi a festa do pijama e a outra metade foi a cerimônia de iniciação, ao invés de fazer o resumo do capítulo, vou fazer a ficha dos personagens apresentados até agora.

Nome: Jessica (Jess) Parker
Papel na trama: Protagonista
Ocupação: Estudante do ensino médio
Características físicas: 16 anos. Carinha de menina. Sardas. Um esfregão castanho e sem brilho como cabelo.
Personalidade: Estudiosa. Não tem amigos e se considera patética, uma pária social.
Interesses e hobbies: Líder de torcida. Constrói casas para o Habitat Para a Humanidade, serve sopa para os necessitados e trabalha na Sociedade Humanitária ajudando animais abandonados. Trabalha na loja de artigos New Age da avó, "Presentes Celestiais". Membro recém-incorporado da Sociedade Cinderela.
Fala mais marcante: "Você tem certeza de que queriam me escolher?"

Nome: Alexandra (Lexy) Steele
Papel na trama: Garota Popular Malvada
Ocupação: Estudante do ensino médio
Características físicas: Cabelo preto, liso e longo.
Personalidade: Popular. Culpa Jess por não ter conseguido entrar para a equipe de líderes de torcida. Espalhou na escola o boato de que Jess despreza as outras líderes de torcida da equipe e queria mesmo é ser líder de torcida na escola rival. Atormenta e humilha Jess sempre que pode.
Interesses e hobbies: Fez teste para líder de torcida e não foi classificada.
Fala mais marcante: "Nem mesmo os fracassados perdem tempo com você. Isso deve mesmo fazer com que se pergunte o que há de errado com você."

Nome: Sarah Jane Peterson
Papel na trama: Garota Popular do Bem
Ocupação: Estudante do ensino médio
Características físicas: Linda, parece uma estrela de cinema. Cabelo louro brilhante. Maçãs do rosto salientes. Pernas longas.
Personalidade: Popular. Tranquila, não age como uma diva.
Interesses e hobbies: Capitã da equipe de líderes de torcida, junto com Kyra. Membro da Sociedade Cinderela.
Fala mais marcante: "Não fique com medo. Você está destinada a ser uma de nós."

Nome: Kyra Gonzalez
Papel na trama: Garota Popular do Bem
Ocupação: Estudante do ensino médio
Características físicas: Linda, parece uma estrela de cinema. Cabelo castanho. Pele perfeita.
Personalidade: Popular. Tranquila, não age como uma diva.
Interesses e hobbies: Capitã da equipe de líderes de torcida, junto com Sarah Jane. Membro da Sociedade Cinderela.
Fala mais marcante: "Não tão rápido, chica. Você não quer saber o porquê de tudo isso?"

Nome: Cassandra (Cassie) Steele
Papel na trama: Garota Popular do Bem Sênior
Ocupação: Estudante universitária
Características físicas: Mais bonita que Sarah Jane e Kyra. Cabelo cor de chocolate, espesso e brilhoso. Sorriso de 1 megawatt.
Personalidade: Popular.
Interesses e hobbies: Ex-líder de torcida da MSH. Líder de torcida da Universidade da Georgia. Mora em uma mansão na parte rica da cidade. Membro da Sociedade Cinderela.
Fala mais marcante: "Entre, Jess. Juro que somos inofensivas."

Nome: Ryan Steele
Papel na trama: Interesse Romântico Inatingível da Protagonista
Ocupação: Estudante do ensino médio
Características físicas: Alto e musculoso. Peito largo. Cabelo escuro, sedoso e esvoaçante. Olhos azuis. O maxilar bem-definido de Jake Gyllenhall. Voz de barítono. Usa perfume da linha Cool Water. Sotaque sexy e arrastado do Sul.
Personalidade: Popular. Gentil com todos, até mesmo com os geeks e nerds. Tem o bom e velho charme do Sul.
Interesses e hobbies: Quarterback do time de futebol americano.
Fala mais marcante: "Vai ser sempre assim com a gente agora? Trombando um no outro em todos os lugares?"

Nome: Heather Katherine Clark
Papel na trama: Loser
Ocupação: Estudante do ensino médio
Características físicas: N/A
Personalidade: Única aluna da escola que é legal com Jess. Leprosa social. Está sendo chantageada por Lexy.
Interesses e hobbies: Faz compras na "Presentes Celestiais".
Fala mais marcante: "Tenha um ótimo verão, Jess."

Nome: Paige Ellis
Papel na trama: Garota Popular do Bem
Ocupação: Recém-formada no ensino médio (estudante universitária?)
Características físicas: N/A
Personalidade: Popular. Influente entre os demais membros da Sociedade Cinderela. Gente boa e pé no chão.
Interesses e hobbies: Membro da Sociedade Cinderela.
Fala mais marcante: "Namastê, Irmãs. Sejam bem-vindas à Sociedade Cinderela."

Nome: Melanie (Mel) Davis
Papel na trama: Garota Popular do Bem
Ocupação: N/A
Características físicas: Rainha de concurso de beleza. Alérgica a gatos.
Personalidade: Popular. Serena. Espírito pacificador.
Interesses e hobbies: Rainha de concurso de beleza. Membro recém-incorporado da Sociedade Cinderela.
Fala mais marcante: "Pode ser uma boa ideia. Eles normalmente separam os cães dos gatos, não é mesmo?"

Nome: Gwen Fielding
Papel na trama: Garota Popular do Bem
Ocupação: N/A
Características físicas: Poderia ser modelo.
Personalidade: Popular.
Interesses e hobbies: Campeã estadual de vôlei. Membro da Sociedade Cinderela.
Fala mais marcante: "Acho que nenhum lugar é tão animado quanto Daytona. Vôlei de praia todos os dias enquanto estávamos lá."

Nome: Cherie
Papel na trama: Garota Popular do Bem
Ocupação: Atriz
Características físicas: N/A
Personalidade: Popular.
Interesses e hobbies: N/A
Fala mais marcante: "Prefiro Manhattan a Daytona em qualquer época. Broadway, baby."

Nome: Gaby
Papel na trama: Garota Popular do Bem
Ocupação: N/A
Características físicas: N/A
Personalidade: Nerd.
Interesses e hobbies: Membro da Sociedade Cinderela.
Fala mais marcante: "Longa vida para a Irmandade."

Nome: Katrina Walker
Papel na trama: Figurante do Bem
Ocupação: N/A
Características físicas: N/A
Personalidade: N/A
Interesses e hobbies: Membro recém-incorporado da Sociedade Cinderela.
Fala mais marcante: "Eu aceito o chamado."

Nome: Chandi Prasad
Papel na trama: Figurante do Bem
Ocupação: N/A
Características físicas: N/A
Personalidade: N/A
Interesses e hobbies: Membro recém-incorporado da Sociedade Cinderela.
Fala mais marcante: "Eu aceito o chamado."

Nome: Hannah Campbell
Papel na trama: Figurante do Bem
Ocupação: N/A
Características físicas: N/A
Personalidade: N/A
Interesses e hobbies: Membro recém-incorporado da Sociedade Cinderela.
Fala mais marcante: "Eu aceito o chamado."

Nome: Nalani Akina
Papel na trama: Figurante do Bem
Ocupação: N/A
Características físicas: N/A
Personalidade: N/A
Interesses e hobbies: Membro recém-incorporado da Sociedade Cinderela.
Fala mais marcante: "Eu aceito o chamado."

Nome: Alicia Gallagher
Papel na trama: Figurante do Bem
Ocupação: N/A
Características físicas: N/A
Personalidade: N/A
Interesses e hobbies: Membro recém-incorporado da Sociedade Cinderela.
Fala mais marcante: "Eu aceito o chamado."

Nome: Morgan
Papel na trama: Figurante Popular Malvada
Ocupação: Estudante do ensino médio
Características físicas: N/A
Personalidade: Puxa-saco principal de Lexy.
Interesses e hobbies: N/A
Fala mais marcante: N/A

Nome: Dale Boone
Papel na trama: Figurante
Ocupação: Estudante do ensino médio
Características físicas: N/A
Personalidade: N/A
Interesses e hobbies: N/A
Fala mais marcante: "Ouvi falar que Frau Gardner deu a mesma prova de alemão três anos seguidos."

Nome: Sr. Norman
Papel na trama: Figurante
Ocupação: Professor de álgebra
Características físicas: Quarenta e tantos anos.
Personalidade: N/A
Interesses e hobbies: Lê The Calculus News de cabo a rabo.
Fala mais marcante: "Ótimo trabalho, Jess. Transferir-se no meio do semestre é difícil, mas suas notas estão entre as melhores da turma. Seu professor de matemática anterior ficaria orgulhoso."

Nome: Joe
Papel na trama: Figurante
Ocupação: Inspetor escolar
Características físicas: N/A
Personalidade: N/A
Interesses e hobbies: N/A
Fala mais marcante: N/A

Nome: Rick
Papel na trama: Figurante
Ocupação: Inspetor escolar assistente
Características físicas: Gato, pouco mais velho que os estudantes do ensino médio.
Personalidade: N/A
Interesses e hobbies: N/A
Fala mais marcante: N/A

Nome: Loura oxigenada sexy da semana
Papel na trama: Pessoa Totalmente Errada Para o Interesse Romântico Inatingível da Protagonista Mas Ele Ainda Não Percebeu
Ocupação: Estudante do ensino médio
Características físicas: Loura oxigenada. Voz anasalada. Seios imensos.
Personalidade: N/A
Interesses e hobbies: N/A
Fala mais marcante: "Preciso de um lugar na sombra ou vou ficar cheia de sardas."

Nome: Mãe da Jess
Papel na trama: Mãe da Protagonista
Ocupação: Do lar.
Características físicas: Grávida de gêmeos.
Personalidade: Era uma Mulher Super Focada Na Carreira e Sem Tempo Para a Família até ficar grávida dos gêmeos e largar o emprego para ficar em casa com eles.
Interesses e hobbies: Era uma importante auditora até engravidar e virar a "SuperMãe das (sic) Bilhões de Perguntas".
Fala mais marcante: "Precisamos começar a pintura do quarto dos bebês. Vai chegar a tempo de me ajudar pela manhã?"

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Gerente, Não Faça Isso

Hoje estou inaugurando um novo marcador aqui no blog: "Gerente, Não Faça Isso". E, quando eu digo gerente, quero dizer gerente de projeto, coordenador, gestor do contrato, líder de produto, supervisor, enfim, qualquer cargo em que se presume que o indivíduo irá assumir a responsabilidade de liderar a equipe rumo a um objetivo, seja ele a entrega de um projeto ou o cumprimento das metas mensais de vendas.

Enquanto algumas pessoas (que aqui eu vou chamar sempre de gerentes para simplificar) desempenham essa função de forma competente e digna e ganham o respeito daqueles que gerenciam, há também outros tristes arremedos de gerente que envergonham a categoria. E há também aqueles que não são 100% do primeiro caso nem 100% do segundo, mas que de vez em quando pisam na bola com os dois pés e depois ainda sapateiam em cima dela.

Hum... Gol?
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Uma vez eu fui a uma reunião na empresa do cliente, acompanhando o gerente do projeto. A reunião era sobre dois projetos nos quais eu estava atuando como analista de negócio, mas a fase de levantamento de requisitos de ambos já estava encerrada. Não me lembro mais em que fase o primeiro projeto estava, mas o segundo já estava terminando a fase de testes. Também não me lembro dos detalhes do que foi dito na reunião porque isso foi há alguns anos atrás, mas me lembro que o segundo projeto estava atrasado e o gerente do projeto estava sendo questionado por isso. A data de entrega do projeto estava prevista para dali a poucos dias e, pelo atraso com que tinham sido alcançados os marcos anteriores do projeto, já estava claro para todos que a entrega final também ia atrasar.

E aí visualizem a cena. A sala de reunião toda elegante no prédio chiquerésimo do cliente empresa privada cheio da grana, sexta maior instituição na sua área de atuação no país. Do lado de lá, dois ou três clientes colocando pressão. Do lado de cá, eu e o arquiteto de software quietinhos, só assistindo enquanto o gerente do projeto, provavelmente já suando dentro do seu terno apesar do ar condicionado, discorre sobre variáveis, incógnitas e imprevistos.

Um dos clientes pergunta então ao gerente do projeto qual é a data oficial, prevista no cronograma, para a entrega final do projeto. E ele, na lata: "Não sei."

Eu vou repetir para ter certeza de que todo mundo entendeu. Ele não diz: "Peraí, deixa eu consultar o meu notebook / tablet / celular / agenda / versão impressa do cronograma / recibo da farmácia no verso do qual eu anotei essa informação antes de vir pra reunião". Ele não diz: "Aquela data já foi pro vinagre, mesmo: eu vou te dizer a nova data de entrega prevista no cronograma replanejado". Ele não diz: "Nossa, me deu um branco agora! Que coisa, eu tinha essa informação na ponta da língua." Ele diz: "Não sei." E ainda completa: "Pra te dar essa informação exata eu teria que consultar o meu computador, lá na empresa," fazendo aquela cara de que esquisito é o cliente querer saber a data exata assim, de pronto.

O termo "vergonha alheia" ainda não tinha se tornado tão popular naquela época, mas descreve com perfeição o que eu senti naquele momento. A reunião era exclusivamente sobre isso: sobre a entrega do projeto. Que o gerente do projeto não sabia quando ia ser, nem achou que seria relevante abrir o cronograma e conferir essa informação antes de ir para a reunião.

Gerente, não faça isso. Pelo menos, não em reunião na qual eu estou presente.