Há alguns anos atrás eu trabalhei como terceirizada na Caixa Econômica Federal. A empresa que me contratou na época me ofereceu três opções de banco para receber o meu salário, e um deles era a própria Caixa Econômica. Como eu não tinha conta em nenhum dos três bancos apresentados, abrir uma conta na Caixa me pareceu a opção mais lógica: já que eu trabalhava no mesmo prédio da agência, tudo ia ser mais simples, né?
Claro que não: só mesmo eu pra ter uma ideia idiota dessas.
Fui à agência, apresentei aquela cartinha do Departamento Pessoal da empresa confirmando que eu ia receber o meu salário lá, informando quanto eu ganhava e tudo o mais e solicitei a abertura da conta. A moça que me atendeu registrou todos os meus dados no sistema, anotou para mim, em um pedaço de papel, o número da agência e da minha recém-aberta conta corrente e, muito simpática, me levou até o balcão de atendimento para cadastrar uma senha para atendimento por telefone e outra para acesso ao Internet Banking.
Saí de lá toda feliz, com o papelzinho na mão, informei o número da agência e da conta para o Departamento Pessoal e dei o assunto por encerrado. Trabalhei normalmente durante o mês e, mais ou menos uma semana antes do dia do pagamento, como o cartão do banco ainda não tinha chegado, resolvi acessar o Internet Banking para me certificar de que estava tudo funcionando direitinho, já que, sem cartão do banco, eu ia ter que transferir meu dinheiro para o Itaú (onde eu já tinha conta há muitos anos) quando o salário daquele mês entrasse na conta.
Quando não consegui acessar o Internet Banking, tentei o atendimento por telefone. Se eu tivesse conseguido a história acabava aqui, mas, aí, que graça teria? Só me restava então ir pessoalmente à agência e foi o que eu fiz na hora do almoço.
Chegando na agência fui atendida por um outro funcionário que pesquisou no sistema a agência e conta anotadas naquele mesmo papelzinho que eu tinha recebido quando fui lá pela primeira vez e que entreguei para ele. Pesquisou, olhou para o resultado da pesquisa na tela e me informou que o número estava errado porque aquela conta não existia. O mesmo número que tinha sido usado para cadastrar as senhas do atendimento por telefone e do Internet Banking no início do mês. Pois é.
Fez uma pesquisa pelo meu CPF e aí, sim... continuou não encontrando conta nenhuma, nem naquela agência nem em nenhuma outra. Eu não tinha conta na Caixa Econômica. E aí eu olhava para o papelzinho, olhava pra ele, olhava de novo pro papelzinho... A essa altura do campeonato, a minha hora de almoço já tinha ido pro vinagre e eu precisei ligar pra minha chefe e convencê-la de que não, eu não estava brincando: o banco realmente tinha perdido a minha conta.
Fomos procurar a moça que tinha aberto a conta pra mim. Ela me reconheceu, lembrou que tinha, sim, aberto a conta e me acompanhado para cadastrar as senhas e ficou muito surpresa quando o outro funcionário lhe contou que a conta que ela tinha cadastrado com tanto carinho não existia.
Ela também procurou a conta no sistema e não encontrou nada. Os dois se entreolharam, coçaram a cabeça, ainda aventaram algumas possíveis explicações: será que a conta foi excluída automaticamente porque não tinha dinheiro? Mas, gente, era uma conta salário! Como é que esperavam que tivesse dinheiro nela antes do primeiro dia de pagamento?
Bom, moral da história: tive que abrir uma outra conta, porque aquela conta que estava aqui, aparentemente, o gato comeu.
Claro que não: só mesmo eu pra ter uma ideia idiota dessas.
Fui à agência, apresentei aquela cartinha do Departamento Pessoal da empresa confirmando que eu ia receber o meu salário lá, informando quanto eu ganhava e tudo o mais e solicitei a abertura da conta. A moça que me atendeu registrou todos os meus dados no sistema, anotou para mim, em um pedaço de papel, o número da agência e da minha recém-aberta conta corrente e, muito simpática, me levou até o balcão de atendimento para cadastrar uma senha para atendimento por telefone e outra para acesso ao Internet Banking.
Saí de lá toda feliz, com o papelzinho na mão, informei o número da agência e da conta para o Departamento Pessoal e dei o assunto por encerrado. Trabalhei normalmente durante o mês e, mais ou menos uma semana antes do dia do pagamento, como o cartão do banco ainda não tinha chegado, resolvi acessar o Internet Banking para me certificar de que estava tudo funcionando direitinho, já que, sem cartão do banco, eu ia ter que transferir meu dinheiro para o Itaú (onde eu já tinha conta há muitos anos) quando o salário daquele mês entrasse na conta.
Quando não consegui acessar o Internet Banking, tentei o atendimento por telefone. Se eu tivesse conseguido a história acabava aqui, mas, aí, que graça teria? Só me restava então ir pessoalmente à agência e foi o que eu fiz na hora do almoço.
Chegando na agência fui atendida por um outro funcionário que pesquisou no sistema a agência e conta anotadas naquele mesmo papelzinho que eu tinha recebido quando fui lá pela primeira vez e que entreguei para ele. Pesquisou, olhou para o resultado da pesquisa na tela e me informou que o número estava errado porque aquela conta não existia. O mesmo número que tinha sido usado para cadastrar as senhas do atendimento por telefone e do Internet Banking no início do mês. Pois é.
Fez uma pesquisa pelo meu CPF e aí, sim... continuou não encontrando conta nenhuma, nem naquela agência nem em nenhuma outra. Eu não tinha conta na Caixa Econômica. E aí eu olhava para o papelzinho, olhava pra ele, olhava de novo pro papelzinho... A essa altura do campeonato, a minha hora de almoço já tinha ido pro vinagre e eu precisei ligar pra minha chefe e convencê-la de que não, eu não estava brincando: o banco realmente tinha perdido a minha conta.
Fomos procurar a moça que tinha aberto a conta pra mim. Ela me reconheceu, lembrou que tinha, sim, aberto a conta e me acompanhado para cadastrar as senhas e ficou muito surpresa quando o outro funcionário lhe contou que a conta que ela tinha cadastrado com tanto carinho não existia.
Ela também procurou a conta no sistema e não encontrou nada. Os dois se entreolharam, coçaram a cabeça, ainda aventaram algumas possíveis explicações: será que a conta foi excluída automaticamente porque não tinha dinheiro? Mas, gente, era uma conta salário! Como é que esperavam que tivesse dinheiro nela antes do primeiro dia de pagamento?
Bom, moral da história: tive que abrir uma outra conta, porque aquela conta que estava aqui, aparentemente, o gato comeu.
"Vem pra Caixa você também... vem pra você ver só o que eu faço." (Image courtesy of giane @ FreeImages) |
Ao ligar para o Departamento Pessoal para dizer que a conta que eu tinha cadastrado há menos de um mês já não valia mais, me informaram que a folha de pagamento daquele mês já tinha rodado, ou seja, para todos os efeitos meu salário já tinha ido para a conta que não existia. Tive então que esperar o banco tentar processar o pagamento na conta inexistente, não conseguir, devolver o dinheiro para a empresa, para só então a empresa fazer o pagamento na nova conta.
Felizmente, a conta que tinha sumido estava bem sumidinha mesmo, sem deixar rastros: imagina se resolvem achar a minha conta depois dessa encrenca toda e o meu dinheiro fica preso lá, no limbo? Mas isso não aconteceu: quando a Caixa Econômica some com uma conta bancária, ela some mesmo. Serviço bem feito. E assim, "só" uma semana depois do dia do pagamento, pude finalmente receber o meu primeiro salário.
O melhor da história foi quando eu liguei para uma pessoa conhecida que trabalha no Banco do Brasil para contar o que tinha acontecido:
— Você não vai acreditar no que a Caixa Econômica fez comigo.— Ha! Seja o que for, pode apostar que aqui no Banco do Brasil já aprontaram algo parecido.— Eles perderam a minha conta.(silêncio aturdido do outro lado da linha)— É, isso nem a gente faz.
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